A defesa do tenente-coronel Mauro Cid apresentou suas alegações finais nesta quarta-feira (30) no Supremo Tribunal Federal (STF), em um processo que investiga a tentativa de golpe de Estado. Os advogados de Cid, que atuou como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, alegaram que a Procuradoria-Geral da República (PGR) agiu de forma desleal ao criticar o comportamento do réu durante o processo de delação.
Os defensores destacaram que a colaboração de Cid foi crucial para a investigação, levando à descoberta de uma minuta que previa ações contra a ordem democrática, como a instalação de um estado de sítio. Eles argumentaram que, sem as informações fornecidas por Cid, a Polícia Federal e a PGR não teriam elementos suficientes para sustentar suas acusações.
Além disso, a defesa contestou a posição da PGR, que, embora tenha reconhecido a validade da delação, solicitou a revisão dos benefícios acordados, como a redução da pena. Os advogados pediram a manutenção desses benefícios, argumentando que a colaboração de Cid foi efetiva e voluntária, mesmo diante de pressões externas.
A partir de agora, as defesas de Jair Bolsonaro e dos outros réus terão 15 dias para apresentar suas considerações finais. Após esse período, a Primeira Turma do STF poderá agendar o julgamento para decidir sobre a absolvição ou condenação dos acusados.