A defesa do líder indígena Isaka Ruy Huni Kuî, acusado de estupro pela turista chilena Loreto Belen, protocolou um pedido de revogação da prisão preventiva decretada em 27 de junho. A denúncia foi formalizada na delegacia de Feijó no dia 23 de junho, após Loreto relatar ter sofrido abusos durante sua estadia na comunidade indígena, onde chegou em 15 de maio.
O advogado Jeison Farias afirmou que Isaka não representa risco de fuga e está à disposição das autoridades. "Ele mora na aldeia e continua no mesmo local desde a decretação da prisão", declarou Farias, ressaltando que o indígena nega as acusações e que Loreto não foi expulsa da comunidade, como afirmado por ela.
O delegado Dione Lucas, responsável pela investigação, confirmou que a defesa comunicou a intenção de Isaka se apresentar à polícia. Farias também destacou que outros turistas que participaram das atividades na aldeia não relataram problemas com o líder indígena, e que a defesa apresentará provas que contestam as alegações de Loreto.
Loreto Belen, que pagou cerca de R$ 5,5 mil por uma experiência de imersão cultural, denunciou ter sofrido três tipos de abuso, culminando em um suposto estupro no dia 17 de junho. O caso gerou repercussão nas redes sociais e levantou discussões sobre a segurança de turistas em comunidades indígenas.