Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentaram uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 22, contestando a alegação de descumprimento das medidas cautelares que o proíbem de utilizar redes sociais. A defesa foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes após a intimação para esclarecimentos sobre um vídeo em que Bolsonaro exibe sua tornozeleira eletrônica durante uma coletiva no Congresso Nacional.
Os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno afirmaram que o ex-presidente não postou ou acessou suas redes sociais, nem solicitou que terceiros o fizessem. Eles argumentaram que a decisão de Moraes não impede a realização de entrevistas, mesmo que o conteúdo possa ser compartilhado posteriormente por outros usuários nas redes sociais.
Desde 17 de julho, Bolsonaro está sujeito a medidas cautelares na Ação Penal 2.668, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. As restrições incluem o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, além da proibição de contato com réus e autoridades estrangeiras. A defesa questiona a viabilidade de controlar a disseminação de conteúdo após sua publicação online.