Na manhã desta quinta-feira, 17 de julho, investidores avaliam as consequências da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve parte do decreto sobre o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, considerada favorável ao governo, foi anunciada na quarta-feira e já provoca reações no Congresso Nacional.
A alíquota mais elevada do IOF permanece válida para operações de crédito, câmbio e planos de previdência do tipo VGBL, enquanto a tributação das operações de risco sacado foi descartada. A decisão, que tem efeito retroativo a 11 de junho, pode garantir ao governo uma arrecadação estimada de R$ 31,3 bilhões até 2026, com R$ 450 milhões previstos ainda para este ano.
Os mercados de crédito enfrentam um cenário desafiador, já que a manutenção das alíquotas mais altas pode encarecer operações financeiras e limitar o acesso ao crédito. Além disso, a medida pode impactar o fluxo no mercado de câmbio, tornando o dólar uma opção mais atrativa e pressionando o valor do real.
Em paralelo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou a deflação de 1,65% no IGP-10 de julho, o que pode influenciar as expectativas em relação a uma possível redução da taxa de juros pelo Banco Central no quarto trimestre. O Ibovespa, por sua vez, apresenta perspectivas negativas em função da decisão sobre o IOF, enquanto os contratos futuros de índices americanos operam sem uma tendência clara, com investidores atentos a novos dados econômicos.