O acidente do voo 171 da Air India, que resultou na morte de 241 pessoas em junho, reacendeu discussões sobre a instalação de câmeras de vídeo nas cabines de pilotagem. Willie Walsh, ex-piloto e presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), defendeu a medida em Cingapura, argumentando que as imagens poderiam complementar os dados coletados por gravadores de voz e dados de voo, auxiliando nas investigações sobre a saúde mental dos pilotos.
O relatório preliminar do Departamento de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Índia (AAIB) sugere que um dos pilotos pode ter cortado o combustível do Boeing 787 logo após a decolagem, levando à queda em Ahmedabad. Especialistas afirmam que a inclusão de câmeras poderia esclarecer as circunstâncias do acidente, enquanto defensores da privacidade levantam preocupações sobre o uso indevido das gravações.
A discussão sobre a instalação de câmeras na cabine não é nova; em 2000, o ex-presidente do NTSB, Jim Hall, já havia solicitado à FAA que considerasse a obrigatoriedade desse equipamento após o acidente do voo 990 da Egyptair. Especialistas em segurança aérea, como John Nance e Anthony Brickhouse, concordam que a segurança deve prevalecer sobre preocupações de privacidade, destacando que um vídeo do voo 171 poderia ter esclarecido muitas questões sobre o acidente.