O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta sexta-feira (18) que o recesso parlamentar será mantido até o dia 4 de agosto, desconsiderando os pedidos da oposição para o cancelamento das férias dos parlamentares. Em comunicado oficial, Alcolumbre reafirmou que, durante as próximas duas semanas, não ocorrerão sessões deliberativas nem reuniões de comissões.
A decisão ocorre em meio a uma pressão crescente de senadores do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que convocaram uma coletiva de imprensa para solicitar o fim do recesso. O pedido foi motivado por recentes ações da Polícia Federal contra Bolsonaro, que, segundo o ministro Alexandre de Moraes, confessou tentativas de interferência em processos judiciais.
O líder do PL, Carlos Portinho, anunciou que um pedido conjunto será apresentado na próxima segunda-feira (21) por lideranças de partidos que não puderam comparecer à coletiva. Apesar das reivindicações, Alcolumbre reiterou que as atividades do Senado só serão retomadas em agosto, conforme o calendário previamente estabelecido.
Na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) também confirmou a manutenção do recesso, afirmando que não haverá votações ou reuniões de comissões durante este período. Motta destacou que as atividades legislativas retornarão na semana do dia 4 de agosto, com um calendário regular de sessões deliberativas e funcionamento das comissões.