Em pronunciamento no Plenário do Senado na terça-feira (15), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) manifestou sua indignação em relação à atuação da Justiça brasileira no processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A senadora argumentou que as punições solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) são legalmente fundamentadas, mas motivadas por interesses ideológicos e configuram uma perseguição política.
Damares Alves comparou a situação atual ao comportamento de regimes ditatoriais, afirmando que as sentenças são utilizadas como uma fachada para ações de vingança. Ela lembrou que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia prometido vingança ao ser libertado da prisão, insinuando que essa promessa agora se concretiza por meio do sistema judicial.
A senadora também questionou a proporcionalidade das penas propostas pela PGR, citando o caso do general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro, e expressou preocupação com a saúde e integridade física do ex-presidente, que, segundo ela, pode enfrentar uma condenação de até 43 anos de prisão. Damares alertou que, caso Bolsonaro seja encarcerado, sua saúde pode se deteriorar rapidamente, ressaltando que ele não pertence ao perfil de criminosos com os quais poderia interagir na prisão.