O Dalai Lama, líder espiritual tibetano, fez uma declaração otimista sobre sua longevidade neste sábado (5), véspera de seu 90º aniversário. Durante uma cerimônia de longa vida em sua residência em Dharamshala, ele afirmou que espera viver mais 30 ou 40 anos, em meio a uma crise de sucessão com a China e após um conclave de líderes budistas que reafirmou seu papel.
"Tenho me esforçado ao máximo até agora. Cumpro minha responsabilidade com toda a minha determinação e coragem", disse o Dalai Lama, que atribui sua força à fé em Avalokiteshvara, a divindade da compaixão. Ele também pediu a seus seguidores que mantenham uma fé coletiva, citando a Revolução Cultural chinesa como exemplo de poder da determinação conjunta.
Além de expressar sua esperança de longevidade, o líder espiritual enfatizou a importância da Bodhichitta, a mente do despertar, como um caminho para alcançar a felicidade e evitar o sofrimento. Ele destacou que, independentemente de crenças religiosas, todos buscam a felicidade, reafirmando seu compromisso em servir a todos os seres vivos.
A declaração do Dalai Lama ocorre em um momento delicado para o budismo tibetano, com tensões envolvendo sua sucessão e a relação com a China. Sua mensagem de esperança e união ressoa entre seus seguidores, que buscam orientação em tempos desafiadores.