O Dalai Lama, líder espiritual do budismo tibetano, completa 90 anos neste domingo (6) e, durante uma cerimônia de orações em Dharamshala, na Índia, afirmou que espera viver até mais de 130 anos. O evento, realizado no sábado (5), reuniu milhares de seguidores que celebraram sua longevidade e sua contribuição ao Buddhadharma.
Tenzin Gyatso, que é também vencedor do Prêmio Nobel da Paz, declarou que a tradição budista de reencarnação continuará após sua morte. Ele ressaltou que a única autoridade para reconhecer sua reencarnação será sua instituição, o Gaden Phodrang Trust, e indicou que reencarnará em um "mundo livre", fora da China.
O Dalai Lama, que vive em exílio na Índia desde 1959, após a revolta tibetana contra o domínio chinês, enfatizou seu compromisso em servir ao povo tibetano e ao dharma. Ele é visto como um símbolo de unidade para o Tibete, região que atualmente é considerada uma "região autônoma" da China, onde o governo chinês busca consolidar seu controle sobre a área.
A tradição budista estabelece que, após a morte do Dalai Lama, monges tibetanos iniciarão a busca pela criança que será identificada como sua reencarnação, um processo que envolve sinais físicos e sonhos proféticos. O atual Dalai Lama foi reconhecido como tal em 1939, após uma busca que começou quando ele tinha apenas dois anos de idade.