Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama, celebra neste domingo, 6 de julho, seu 90º aniversário em um evento que deve reunir milhares de seguidores no Complexo Tsuglagkhang, na Índia, onde vive exilado desde 1959. O líder espiritual budista, laureado com o Prêmio Nobel da Paz, recebeu felicitações do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que destacaram sua mensagem de amor, compaixão e unidade.
Durante as comemorações, o Dalai Lama reafirmou sua intenção de reencarnar após sua morte, encerrando especulações sobre o futuro da liderança budista tibetana. Ele afirmou que o próximo Dalai Lama será identificado conforme as tradições budistas e nascerá fora da China, no que chamou de "mundo livre". Essa declaração ocorre em um contexto de tensões com o governo chinês, que considera o atual Dalai Lama um separatista e reivindica o poder de aprovar seu sucessor.
Reconhecido desde os 2 anos como o 14º Dalai Lama, Gyatso se tornou um símbolo global da luta pela autonomia tibetana e da resistência ao controle chinês sobre o Tibete. Com um legado de mais de sete décadas de exílio, ele é venerado por milhões como uma manifestação do deus da compaixão, Chenrezig, e continua a inspirar pessoas ao redor do mundo com sua mensagem de paz e compaixão.