A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concluiu que não houve manipulação de mercado por parte da Suno no caso envolvendo o fundo imobiliário HCTR11, gerido pela Hectare. A decisão, obtida pelo jornal O Globo e confirmada pelo InfoMoney, encerra uma investigação de dois anos, na qual a área técnica do órgão descartou qualquer ato ilícito ou ação coordenada por parte da empresa e seus sócios.
Em comunicado ao InfoMoney, a Suno afirmou que o encerramento da investigação reafirma sua inocência e a de seus sócios. A empresa reiterou seu compromisso com a ética e a transparência, destacando a conformidade com as normas legais e regulamentares, sempre em defesa dos interesses dos investidores.
A investigação foi iniciada em 2022, após uma denúncia da Hectare, que acusava influenciadores ligados à Suno de prejudicar o fundo com críticas públicas. A CVM considerou que os comentários faziam parte de um debate legítimo de mercado, refletindo preocupações de diversos analistas e investidores. Desde então, os fundos do grupo RTSC, controlador da Hectare, enfrentam perdas significativas, com o HCTR11 desvalorizando mais de 76%.
Antes da decisão da CVM, o caso já havia sido analisado pelo Judiciário, que em junho de 2024 determinou o encerramento da ação movida pela Hectare contra a Suno, considerando que não havia fundamento para a continuidade da apuração. Com o arquivamento do caso pela CVM, a Suno está formalmente isenta de qualquer acusação de manipulação no mercado de fundos imobiliários.