O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, afirmou nesta quarta-feira (16) que a prioridade deve ser a negociação com os Estados Unidos para evitar a implementação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Nobre destacou a importância de preservar os empregos no Brasil e pediu bom-senso ao governo norte-americano, liderado por Donald Trump, para que a situação seja resolvida rapidamente.
Em entrevista, Nobre enfatizou que, caso as tarifas sejam aplicadas, o governo brasileiro precisará dialogar com o setor empresarial para implementar medidas que protejam os empregos afetados. Ele ressaltou que a preocupação central é com o impacto econômico que essa decisão pode causar, embora não tenha fornecido estimativas sobre o número de empregos que poderiam ser perdidos.
As centrais sindicais, incluindo a CUT, propõem a criação de um grupo de trabalho conjunto com o governo e empresários para discutir estratégias que evitem o aumento do desemprego. O vice-presidente da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite, sugeriu a formação de um comitê de crise para tratar do assunto, embora não haja reuniões agendadas no momento.
Recentemente, representantes das centrais sindicais se reuniram com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para discutir as tarifas impostas pelos EUA. Alckmin coordena encontros com o setor produtivo para coletar sugestões sobre como o governo pode mitigar os efeitos da sobretaxação.