A Cúpula do Brics terá início neste domingo (6) no Rio de Janeiro, reunindo chefes de Estado e representantes de 11 países, incluindo a Indonésia, que participa pela primeira vez. O evento ocorre em um contexto de crescente diversidade política entre os membros, com a maioria dos países agora apresentando regimes autoritários, segundo analistas. A reunião busca estabelecer uma agenda comum, focando em temas como mudanças climáticas, ética na inteligência artificial e cooperação em saúde, conforme delineado pelo Brasil, que atualmente preside o bloco.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também propôs a discussão sobre a adoção de uma moeda alternativa ao dólar para transações comerciais entre os países do Brics. Essa ideia, já apresentada anteriormente, visa reduzir a dependência da moeda americana, mas enfrenta resistência, especialmente dos Estados Unidos, que vêem essa proposta como uma ameaça à sua hegemonia financeira. Lula enfatizou a importância de encontrar novas soluções econômicas para o século 21.
Além disso, a cúpula ocorre em um cenário de tensões geopolíticas, com a Rússia e o Irã envolvidos em conflitos militares significativos. A declaração recente do Brics, expressando preocupação com a situação no Irã, destaca a divergência de posturas em relação às democracias ocidentais. O encontro busca, portanto, não apenas abordar questões econômicas, mas também navegar pelas complexidades diplomáticas que surgem com a ampliação do grupo.