O Brasil sedia a cúpula do Brics entre os dias 4 e 7 de julho no Rio de Janeiro, mas a ausência dos principais chefes de Estado do bloco, Xi Jinping e Vladimir Putin, levanta questionamentos sobre a eficácia do encontro. Ambos os líderes enviaram representantes, o que reflete as tensões geopolíticas atuais e a crescente divisão entre os países membros. Além deles, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, e o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, também não estarão presentes.
O evento ocorre em um contexto de conflitos envolvendo o Irã, Israel e Estados Unidos, o que pode impactar as discussões. Temas como os ataques ao Irã, a situação na Faixa de Gaza e a reforma do Conselho de Segurança da ONU estão na pauta, gerando atritos entre os países. Apesar das divergências, há expectativa de que um texto de consenso seja elaborado, abordando críticas à ordem internacional sem provocar rupturas explícitas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveita a cúpula para defender bandeiras econômicas, como a ampliação do comércio multilateral e o uso de moedas locais como alternativa ao dólar. Em um fórum de negócios do Brics, Lula criticou o protecionismo e incentivou investimentos cruzados entre os países membros. Outro ponto central da reunião é a exploração de terras raras, com Lula propondo uma colaboração para desenvolver tecnologias e agregar valor a esses minerais estratégicos, visando reduzir a dependência tecnológica de nações externas.