A cúpula de chefes de Estado do Brics, realizada no Rio de Janeiro neste domingo (6 de julho de 2025), divulgou uma declaração final que enfatiza a necessidade de as empresas de tecnologia remunerarem adequadamente os detentores de direitos de propriedade intelectual, especialmente em relação ao uso de dados para o treinamento de inteligências artificiais. O comunicado destaca a importância de respeitar os direitos de propriedade intelectual no ambiente digital, considerando as necessidades dos países em desenvolvimento.
Além de abordar questões de propriedade intelectual, a declaração expressa preocupação com os riscos associados ao uso indevido de conteúdos com direitos autorais, à medida que a aplicação da inteligência artificial se expande globalmente. Os líderes do Brics também condenaram os recentes ataques ao Irã, embora tenham evitado mencionar diretamente os Estados Unidos e Israel, responsáveis pelos bombardeios.
Durante as discussões, o Irã, que se juntou ao bloco em 2023, buscou um posicionamento mais firme em relação aos ataques, com apoio de China e Rússia. No entanto, países como Índia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita se opuseram a um tom mais antiocidental na declaração, refletindo a complexidade das relações internacionais no contexto do Brics.
A cúpula, que ocorreu em um formato reduzido devido à ausência de líderes importantes como Xi Jinping e Vladimir Putin, também expressou preocupação com a escalada da segurança no Oriente Médio, especialmente em relação à questão nuclear. A declaração final é parte da estratégia de Lula em buscar um maior protagonismo internacional para o Brasil.
