O cupuaçu, conhecido cientificamente como Theobroma grandiflorum, tem se destacado globalmente por suas propriedades nutricionais e versatilidade. Nativa da Amazônia, especialmente nas regiões do Pará, Amazonas e Amapá, a fruta é parente do cacau e combina sabores únicos que mesclam chocolate, abacaxi e banana. Sua polpa cremosa e casca grossa fazem dela um ingrediente popular na culinária, cosméticos e na produção do cupulate, um chocolate inovador feito a partir de suas sementes.
Rica em vitaminas A, B1, B2 e C, além de minerais e fibras, a polpa do cupuaçu é um aliado para a saúde, contribuindo para o fortalecimento do sistema imunológico e melhorando a digestão. Além disso, a manteiga extraída das sementes é amplamente utilizada em produtos cosméticos, promovendo a hidratação e regeneração da pele e cabelos. A teobromina, presente na fruta, atua como um estimulante natural, oferecendo energia sem os efeitos da cafeína.
A produção do cupuaçu não apenas enriquece a dieta global, mas também gera emprego e renda para comunidades amazônicas. Cada árvore pode produzir até 30 frutos por safra, que são utilizados em sucos, sorvetes, geleias e doces. A crescente demanda pelo cupuaçu tem incentivado os produtores locais a investir em cultivares resistentes a doenças, ampliando a oferta da fruta no mercado.
Uma das inovações mais notáveis é o cupulate, desenvolvido por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Este chocolate, que passa por processos de fermentação, torra e moagem, apresenta textura e aroma semelhantes ao chocolate tradicional, mas a um custo mais acessível. Disponível nas versões ao leite, meio amargo e branco, o cupulate surge como uma alternativa promissora ao cacau convencional, ampliando ainda mais o potencial econômico do cupuaçu.