A influência da culinária nordestina no Rio de Janeiro se destaca como uma das principais contribuições culturais da imigração para a cidade. Desde a década de 1970, imigrantes como Maria Ivonete e Francisca Alda Hortência Dias, conhecida como Chiquita, têm levado sabores autênticos do Nordeste, conquistando o paladar dos cariocas e transformando suas histórias em negócios de sucesso.
Maria Ivonete, natural de Bananeiras, na Paraíba, chegou ao Rio em 1977 com seu marido, Antônio. Após a morte de Antônio, há mais de dez anos, o filho Leandro assumiu o bar da família, localizado em Jacarepaguá. O estabelecimento, que começou pequeno, cresceu ao longo dos anos, oferecendo pratos típicos nordestinos, como carne de sol, e se tornou um ponto de referência na região.
Chiquita, que chegou do Ceará em 1979, começou sua trajetória na Feira de São Cristóvão e, com o tempo, transformou sua barraca em um restaurante que atende até 800 pessoas. Com mais de 100 funcionários, ela destaca a importância do afeto na culinária, afirmando que cada prato carrega uma história e que a comida nordestina é sinônimo de fartura e celebração.
Ambos os empresários, Maria Ivonete e Chiquita, ressaltam a conexão emocional que a comida proporciona, não apenas como uma forma de sustento, mas também como um legado cultural que continua a ser apreciado pelos cariocas. A culinária nordestina, portanto, não é apenas uma opção gastronômica, mas uma rica expressão de história e tradição que se renova a cada dia.