As críticas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ao Congresso Nacional aumentaram significativamente nas redes sociais nesta semana. Até as 12h de sexta-feira, 4 de julho de 2025, as hashtags "Agora é a vez do povo", "Congresso da mamata" e "taxação de super-ricos" estavam entre os tópicos mais comentados no X, com menções diretas ao congressista paraibano. Um levantamento da consultoria Bites indicou que, desde 17 de junho, foram registradas mais de 1,5 milhão de publicações relacionadas ao impasse sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que foi rejeitado pelo Congresso em 25 de junho.
O pico de mobilização ocorreu na quinta-feira, 3 de julho, com 367,7 mil menções, enquanto o dia da derrubada do decreto registrou 85.405 menções. Durante o período analisado, Hugo Motta recebeu 978 mil menções, com 193,8 mil ocorrências apenas na quinta-feira. Além das críticas, o deputado tem sido alvo de memes e vídeos gerados por inteligência artificial, que o retratam como "Hugo Nem-se-importa", sugerindo que ele legisla em favor dos ricos em detrimento dos pobres.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu Motta em resposta às críticas, afirmando que ataques pessoais não são aceitáveis no debate democrático. O levantamento da Bites também revelou que Motta nunca havia sido tão mencionado nas redes sociais, superando os picos de menções anteriores, como em janeiro, quando enfrentou pressão da oposição para pautar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Desde 26 de junho, o PT tem promovido uma campanha nas redes sociais em favor da chamada "Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets", visando discutir a justiça tributária no Brasil.