Dezenas de palestinos perderam a vida durante a distribuição de alimentos em Gaza, conforme relatado pelo chefe da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, nesta terça-feira (22). A situação crítica na região tem levado médicos, enfermeiros e trabalhadores humanitários a desmaiarem devido à fome e exaustão, enquanto tentam atender a população necessitada.
Lazzarini destacou que mais de 1.000 pessoas foram mortas desde o final de maio ao tentarem receber ajuda alimentar, criticando o esquema de distribuição de ajuda humanitária de Israel, que, segundo ele, se tornou uma 'armadilha mortal sádica'. O comissário-geral também enfatizou que a escassez de alimentos fez com que os preços aumentassem 40 vezes, enquanto a UNRWA possui estoques suficientes para alimentar toda a população de Gaza por mais de três meses.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou ataques às suas instalações em Gaza, com o diretor da OMS, Tedros Adhanom, relatando que o Exército israelense invadiu residências de funcionários da agência, resultando em situações de violência e humilhação. Tedros pediu um cessar-fogo imediato, apoiando um apelo de ministros de Relações Exteriores de 25 países para o fim do conflito na região.
A crise humanitária em Gaza continua a se agravar, com a UNRWA e a OMS alertando para a necessidade urgente de assistência e proteção à população civil, enquanto a tensão entre Israel e Hamas permanece elevada.