A crise envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro atingiu um novo patamar nesta sexta-feira, 18 de julho de 2025, com a intensificação das operações da Polícia Federal (PF) e a imposição de medidas cautelares inéditas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações visam apurar indícios de crimes como obstrução de Justiça e tentativa de golpe de Estado, e as próximas semanas serão cruciais para o futuro jurídico de Bolsonaro e o cenário político do Brasil.
Agentes da PF realizaram buscas na residência de Bolsonaro, em Brasília, e na sede do Partido Liberal (PL), onde apreenderam cerca de US$ 14 mil, R$ 8 mil em espécie e um pen drive escondido no banheiro. Os dispositivos eletrônicos estão sob análise, e relatos indicam que Bolsonaro e sua esposa, Michelle, reagiram com tensão, mas não houve resistência durante a operação.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, impôs restrições severas ao ex-presidente, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e a proibição de contato com embaixadores e outros investigados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já pediu a condenação de Bolsonaro e aliados por cinco crimes, e o julgamento deve ocorrer entre agosto e setembro, podendo resultar em uma pena de até 43 anos de prisão.
Além disso, a PF identificou tentativas de influenciar decisões judiciais por meio de pressões externas, e o STF ampliou a vigilância sobre as comunicações de Bolsonaro devido ao risco de fuga. O material apreendido pode originar novas investigações, enquanto o cenário permanece tenso, com a expectativa de uma resposta institucional aos ataques à democracia brasileira.