A situação humanitária em Gaza se agrava, com a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) alertando que a região pode enfrentar uma crise de fome generalizada. O aviso, emitido nesta terça-feira (29), destaca a necessidade urgente de cessar os combates e permitir o acesso irrestrito à ajuda humanitária, sob pena de mortes em massa. As autoridades de saúde locais informaram que a campanha militar de Israel resultou na morte de mais de 60.000 palestinos.
O IPC revelou que quase 470 mil pessoas em Gaza estão enfrentando condições semelhantes às da fome, com 90 mil mulheres e crianças necessitando de nutrição especializada. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) relatou que, desde o início das pausas humanitárias, apenas 50% do que foi solicitado em termos de suprimentos está sendo enviado, com um déficit significativo em relação ao mínimo necessário para atender a população de 2,1 milhões de habitantes.
Apesar das críticas internacionais e da promessa de Israel de implementar pausas humanitárias diárias, as agências de ajuda afirmam que o volume de alimentos que chega à região é insuficiente. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, reconheceu a dificuldade da situação, mas contestou as alegações sobre a fome, afirmando que 5.000 caminhões de ajuda foram enviados nos últimos dois meses. O IPC, por sua vez, enfatizou que ações imediatas são essenciais para salvar vidas e evitar um desastre humanitário ainda maior.