A crise de desnutrição severa em Gaza atinge um novo pico, com a morte de mais nove pessoas por fome aguda, totalizando 54 óbitos nesta semana e 122 desde o início do conflito, conforme relatado por autoridades médicas locais. A situação é alarmante, com 83 das vítimas sendo crianças, em meio a uma população de 2 milhões de palestinos que enfrenta insegurança alimentar extrema.
Sob pressão internacional, o governo de Israel anunciou que permitirá a entrega de alimentos, medicamentos e água por via aérea, com apoio dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia. No entanto, especialistas e agências humanitárias alertam que essa abordagem pode gerar tumultos entre os civis famintos e não garante a precisão das entregas, que podem acabar fora do território ou no mar.
Atualmente, cerca de 500 mil palestinos enfrentam insegurança alimentar, com 100 mil em estado de inanição. A entrada de ajuda humanitária em Gaza foi severamente restringida desde o início da guerra, exacerbando a crise. Apesar das imagens de crianças em situação crítica que circulam nas redes sociais, as negociações para um cessar-fogo entre Israel e Hamas estão paralisadas, com ambos os lados trocando acusações sobre a falta de concessões.
A pressão internacional por um alívio na crise humanitária tem aumentado, especialmente por parte de líderes europeus. O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a intenção de reconhecer um Estado palestino independente na próxima Assembleia-Geral da ONU, enquanto a ONU critica a comunidade internacional por ignorar o sofrimento dos palestinos em Gaza.