A crise nos preços de alimentos nos Estados Unidos se intensifica, com a carne bovina enfrentando aumentos significativos. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou na última sexta-feira, 25, que o rebanho de gado no país caiu 1% em relação a 2023, atingindo o menor nível desde 2000. Essa redução na oferta interna, somada à imposição de uma tarifa de 50% sobre a carne importada do Brasil, maior exportador mundial, está pressionando os preços ao consumidor.
Em julho, o preço da carne moída subiu 3%, refletindo o impacto imediato das novas tarifas. No acumulado de 2025, a carne bovina já registrou um aumento de quase 9%, com o preço da libra alcançando US$ 9,26 no varejo. Dados oficiais indicam que os bifes tiveram alta de 12,4% e a carne moída, de 10,3% em comparação a junho do ano passado.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) estima que os prejuízos para o Brasil podem chegar a até US$ 1 bilhão se a tarifa for mantida. Os Estados Unidos, que são o segundo maior destino da carne brasileira, atrás apenas da China, estão enfrentando uma pressão crescente sobre os preços. O presidente da Abiec, Roberto Perosa, afirmou que representantes do setor estão em diálogo com parlamentares norte-americanos para discutir o impacto negativo da tarifação para ambos os países.