Uma criança de apenas 2 anos foi encontrada morta na última sexta-feira, 4, no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Os principais suspeitos da morte são a mãe, Gessika de Souza Anacleto, e o padrasto, Nícolas Souto Mesquita, que foram presos em flagrante e tiveram a prisão convertida em preventiva no domingo, 6. O casal alegou que a criança havia se engasgado durante uma refeição, mas a equipe médica identificou diversas lesões pelo corpo, além de sinais de desidratação e desnutrição, levantando suspeitas de maus tratos.
De acordo com informações do Ministério Público e da Polícia Civil, a necropsia realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmou que as lesões na criança ocorreram em diferentes períodos, o que indica a possibilidade de homicídio qualificado. O caso foi registrado na 22ª DP (Penha) e as investigações estão em andamento para esclarecer as circunstâncias da morte da menor, identificada como Ana Júlia.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou a conversão da prisão do casal para definitiva, o que foi acatado pela Justiça durante a audiência de custódia. O juiz responsável destacou a gravidade do delito e os indícios de autoria, enfatizando que a criança apresentava 72 equimoses, hemorragia interna e lesões em múltiplas vísceras, sugerindo que a morte não foi acidental, mas resultado de ação dolosa.