Cerca de 90 dos 270 convidados compareceram a uma cerimônia religiosa em uma igreja evangélica, desafiando a violência que permeia algumas áreas do Brasil. O evento destaca o crescimento do segmento evangélico, especialmente entre os jovens, que tem sido objeto de análises que tentam reduzir a fé a fenômenos sociais ou culturais. O teólogo Rodolfo Capler, em uma recente publicação, argumenta que a adesão ao evangelicalismo está ligada a fatores como pobreza e estética, o que gerou reações de defensores da fé.
Os críticos afirmam que a verdadeira essência do crescimento da Igreja não pode ser explicada por estatísticas ou condições sociais, mas sim pela ação divina. Eles ressaltam que a fé evangélica transcende questões materiais, sendo um chamado à transformação espiritual, como evidenciado em passagens bíblicas que enfatizam a salvação e o novo nascimento.
Além disso, a ideia de que a música e a estética atraem jovens para as igrejas é contestada, com defensores afirmando que a verdadeira adoração é fundamentada na Palavra de Deus e não em estilos musicais. Por fim, a caracterização da Igreja como uma mera ONG é considerada uma simplificação, já que seu papel vai além da assistência social, refletindo um mandamento espiritual de cuidar dos necessitados. O debate sobre a autenticidade da fé evangélica continua, evidenciando a complexidade do fenômeno religioso no Brasil.