O estoque de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) registrou um crescimento expressivo de 25% e 24%, respectivamente, no primeiro semestre de 2025, conforme dados divulgados pela B3 nesta segunda-feira (21). As LCIs totalizaram R$ 454 bilhões, enquanto as LCAs alcançaram R$ 588 bilhões, contribuindo para uma expansão geral de 15% nos produtos de captação bancária da bolsa brasileira.
No total, o estoque de produtos de renda fixa bancária atingiu R$ 5,7 trilhões em junho de 2025, em comparação aos R$ 5 trilhões do mesmo mês em 2024. Este crescimento inclui também outros títulos, como Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Recibos de Depósito Bancário (RDBs), Letras Financeiras (LF) e Depósitos Interfinanceiros (DI).
As LCIs e LCAs, que atualmente são isentas de Imposto de Renda, estão sob pressão devido a uma Medida Provisória do governo que pode introduzir um imposto de 5% para novas emissões a partir de 2026. Essa expectativa tem acelerado a busca dos investidores por esses produtos. Humberto Costa, diretor de produtos de Balcão da B3, destacou que a recente redução dos prazos mínimos de vencimento para esses títulos, anunciada em maio, também contribuiu para o crescimento observado no primeiro semestre.
Além das LCIs e LCAs, outros ativos de renda fixa também apresentaram crescimento, como os CDBs, que subiram 9% para R$ 2,6 trilhões, e os RDBs, que avançaram 12%, totalizando R$ 532 bilhões. A Letra Financeira (LF) teve a maior variação percentual, com um aumento de 29%, alcançando R$ 890,5 bilhões, enquanto os Depósitos Interfinanceiros (DI) cresceram 15%, somando R$ 697,3 bilhões.