Em abril deste ano, a diretora executiva Larissa Eloi, de 42 anos, foi vítima de um roubo de celular enquanto aguardava um táxi na Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo. O incidente ocorreu por volta das 19 horas, quando o vidro do veículo foi estourado e seu celular foi levado em questão de segundos. Segundo dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a capital paulista concentra 18,5% dos roubos e furtos de celulares do Brasil, apesar de representar apenas 5,6% da população nacional.
Larissa conseguiu bloquear o aparelho e não sofreu prejuízos financeiros adicionais, mas relatou que o trauma foi significativo, dificultando sua circulação pela cidade. "Por semanas tive dificuldade em circular pela cidade e, em alguns momentos, precisei usar aplicativos com carros blindados para me sentir segura", afirmou. A situação se agrava com a atuação de gangues que operam em motos e bicicletas, especialmente em áreas como a Faria Lima.
Outro caso alarmante foi o de Ana Paula Alcantara, que teve seu celular furtado em um bar em Pinheiros, também na zona oeste. Após o furto, ela foi extorquida por criminosos que invadiram seus grupos de WhatsApp, solicitando dinheiro a amigos como se fossem pedidos dela. Especialistas apontam que o roubo de celulares se tornou cada vez mais lucrativo, especialmente com a popularização de métodos de pagamento como o Pix, facilitando a ação dos criminosos.
Em resposta ao aumento da criminalidade, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que as forças de segurança têm realizado operações integradas, como a Big Mobile, que já recuperou mais de 27 mil celulares roubados. Além disso, a Polícia Militar implementou uma nova ferramenta em parceria com o Google para bloquear remotamente aparelhos subtraídos durante ocorrências.