Dulcineia Luz, de 47 anos, viajou de Rondonópolis, MT, a Ubá, MG, em busca de cirurgias plásticas acessíveis. A cidade, conhecida como a "capital das plásticas", atrai mulheres de diversas partes do Brasil, especialmente após a popularização de vídeos no TikTok que mostram resultados de procedimentos cirúrgicos. Os preços competitivos, como a cirurgia "x-tudo" por R$ 18 mil, atraem pacientes que buscam renovar a autoestima.
Entretanto, a busca por procedimentos estéticos em Ubá não é isenta de riscos. Pacientes relatam experiências negativas, incluindo infecções e resultados insatisfatórios. A cidade conta com pelo menos seis cirurgiões plásticos, entre eles Maurino Grossi e Júlio Cesar Ferreira, que enfrentam múltiplos processos judiciais relacionados a erros médicos. Júlio Cesar, por exemplo, possui cerca de 40 ações contra ele, com condenações em 7 casos.
A situação levanta preocupações sobre a segurança dos procedimentos realizados na cidade, que, apesar de sua fama crescente, não apresenta infraestrutura adequada para atender a demanda. A combinação de preços baixos e a falta de regulamentação eficaz pode transformar o sonho de muitas mulheres em um pesadelo, evidenciando a necessidade de uma maior fiscalização na área da saúde estética.