Um bebê de seis semanas está entre as 15 vítimas fatais de desnutrição em Gaza nas últimas 24 horas, conforme relatado pelas autoridades de saúde locais. O falecimento de Yousef al-Safadi ocorreu em um hospital no norte do enclave, onde a escassez de alimentos e recursos básicos tem impactado severamente a população, especialmente crianças. Desde o início do conflito, pelo menos 101 pessoas, incluindo 80 crianças, morreram de fome, com a situação se agravando nas últimas semanas.
Israel controla a entrada de suprimentos humanitários em Gaza, onde a maioria da população foi deslocada devido à guerra. Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, alertou que médicos e trabalhadores humanitários também estão enfrentando a fome, ressaltando a gravidade da crise. Apesar das condenações internacionais sobre a situação, ações concretas para aumentar a ajuda humanitária ainda não foram implementadas.
O Exército israelense afirmou que considera a transferência de ajuda humanitária uma prioridade, mas negou as acusações de bloqueio e atribuiu a escassez de alimentos ao Hamas. A situação é crítica, com cerca de 600.000 pessoas, incluindo 60.000 mulheres grávidas, sofrendo de desnutrição, e a falta de fórmula para bebês é alarmante. Enquanto isso, os bombardeios continuam, resultando em mais mortes entre a população civil, com autoridades de saúde relatando que quase 60.000 pessoas já perderam a vida desde o início do conflito em outubro de 2023.