O saldo das operações de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada alcançou R$ 46,437 bilhões em junho, o maior nível já registrado, conforme informou Fernando Rocha, chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, nesta segunda-feira (28). O crescimento é atribuído ao programa Crédito do Trabalhador, que tem impulsionado a modalidade.
Embora as concessões tenham totalizado R$ 2,587 bilhões, o número representa uma queda de 16,2% em relação a maio, embora permaneça acima da média histórica de R$ 1,60 bilhão. Rocha destacou que a demanda inicial pelo programa foi intensa, com as concessões mais que dobrando entre março e abril, mas que, desde então, houve uma redução nas liberações, sem previsão de estabilização.
O chefe do departamento ressaltou que o programa ainda está em desenvolvimento e que é necessário operacionalizar a garantia dos saldos do FGTS para os empréstimos. Ele também observou que as taxas de juros do crédito consignado privado permanecem significativamente superiores às aplicadas a servidores públicos e aposentados do INSS.
Além disso, Rocha mencionou que as medidas de segurança implementadas pelo INSS resultaram em uma diminuição nas concessões de crédito consignado para aposentados e pensionistas, refletindo um cenário de cautela nas liberações de crédito nesse segmento.
