Em meio a especulações sobre a possível aquisição da Moove, empresa de lubrificantes controlada pela Cosan (CSAN3), pela Vibra (VBBR3), o Itaú BBA avalia que a transação pode ser benéfica para a Cosan, pois representa um avanço em sua estratégia de desalavancagem. No entanto, para a Vibra, os impactos são considerados mistos, uma vez que a Moove possui contratos comerciais e ativos logísticos que poderiam complementar a posição da empresa no mercado de lubrificantes.
Nesta manhã, a Cosan confirmou que tem recebido propostas do mercado para discutir alternativas envolvendo seus ativos, mas enfatizou que não há acordos ou compromissos firmados até o momento. As ações da Vibra caíram 2,2% após a divulgação de notícias relacionadas à Petrobras, que não planeja voltar a vender combustível no varejo.
O Itaú BBA também destacou que o incêndio ocorrido em fevereiro na planta da Moove no Rio de Janeiro complicou as previsões de lucro da empresa. A alavancagem da nova empresa poderia variar entre 3,2 e 3,7 vezes, o que é considerado alto e pode desagradar investidores que esperam desalavancagem. O Bradesco BBI, por sua vez, acredita que a reação do mercado à potencial transação será mais negativa, especialmente devido ao aumento da alavancagem da Vibra.
Além disso, o BBI sugere que qualquer negociação deve excluir a unidade da Moove afetada pelo incêndio, considerando que a Vibra já possui capacidade ociosa em sua nova planta. A avaliação de sinergias entre as operações da Moove e da Vibra é positiva, especialmente no Brasil, onde a Moove atua em nichos especializados, o que poderia beneficiar a reprecificação do portfólio de lubrificantes da Vibra.