O financiamento federal para a televisão e rádio públicas nos Estados Unidos foi abruptamente encerrado após a Câmara dos Representantes aprovar um pacote de cortes de gastos de US$ 9 bilhões, inspirado por uma força-tarefa do Departamento de Eficiência Governamental. A legislação, que recebeu 216 votos a favor e 213 contra, segue agora para a assinatura do presidente Donald Trump, após ter sido aprovada pelo Senado com 51 votos a 48 na quinta-feira.
O projeto de lei prevê a eliminação de US$ 1,1 bilhão em fundos destinados à radiodifusão pública, encerrando também diversos programas de ajuda externa e fechando o Instituto de Paz dos EUA. O diretor do orçamento da Casa Branca, Russell Vought, anunciou a intenção de enviar novas medidas ao Congresso, utilizando um procedimento que requer apenas 50 votos no Senado, o que pode facilitar cortes adicionais.
Com a nova legislação, a Corporation for Public Broadcasting, responsável pelo financiamento do Public Broadcasting System e da National Public Radio, perderá todo o suporte federal a partir de 1º de outubro. Enquanto grandes estações metropolitanas poderão sobreviver com patrocínios e doações, as estações rurais menores enfrentam o risco de fechamento, afetando comunidades que dependem desses serviços.
A aprovação do projeto gerou divisões entre os republicanos, com alguns defendendo a eliminação do financiamento por considerarem que as organizações se tornaram tendenciosas. Por outro lado, defensores da radiodifusão pública alertam que a medida pode comprometer a mídia local e a diversidade de informações, enquanto democratas criticam a falta de bipartidarismo que pode levar a um impasse governamental em 1º de outubro.