Na última sexta-feira, o Corinthians protocolou um plano reformulado para o pagamento de suas dívidas no âmbito do Regime Centralizado de Execuções (RCE). A informação, inicialmente divulgada pelo GE e confirmada pelo Estadão, revela uma significativa redução no valor total a ser quitado, que passou de R$ 367 milhões para R$ 190 milhões, conforme determinação do administrador do processo judicial.
A readequação do plano ocorreu após uma reorganização das listas de credores, que agora exclui aqueles que não possuíam uma execução judicial formalizada. Essa mudança foi necessária para evitar a criação de duas classes de credores e garantir que todos sejam pagos. O novo plano classifica os credores não executantes como "credores aderentes", mantendo o compromisso do Corinthians de quitar o valor original de R$ 367 milhões.
O clube propõe quitar essa quantia em até dez anos, utilizando 4% de suas receitas recorrentes, com um aumento progressivo nos percentuais destinados ao RCE. Além disso, a proposta inclui benefícios específicos para credores que ainda prestam serviços ao clube, garantindo uma fatia de 35% da receita recorrente destinada ao RCE para esses casos. As dívidas serão corrigidas pela taxa Selic, enquanto o total da dívida do Corinthians, que inclui passivos com a Neo Química Arena, dívidas tributárias e cíveis, ultrapassa R$ 2,4 bilhões.