A Coreia do Norte manifestou desinteresse nas propostas de reconciliação apresentadas pela Coreia do Sul, conforme declaração de Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, nesta segunda-feira. A resposta ocorre após o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, expressar otimismo sobre a possibilidade de diálogo, especialmente após Pyongyang desligar seus alto-falantes de propaganda, uma ação considerada por Lee como um sinal positivo.
Kim Yo Jong, uma das principais autoridades do regime, criticou a postura de Lee, afirmando que sua promessa de fortalecer a aliança de segurança com os Estados Unidos demonstra continuidade na política hostil de seu antecessor. Em suas declarações, veiculadas pela agência oficial KCNA, ela afirmou que a Coreia do Sul não deve esperar reverter as consequências de suas ações com meras palavras e que as medidas adotadas por Lee são insuficientes para iniciar um diálogo.
O presidente Lee, que assumiu o cargo em junho, havia prometido melhorar as relações com o Norte, que se deterioraram nos últimos anos. Entre suas ações, ele suspendeu transmissões de propaganda anti-Norte e proibiu o lançamento de balões com folhetos, iniciativas que, segundo Kim, não merecem consideração. O Ministério da Unificação da Coreia do Sul reconheceu que a desconfiança entre os dois países é alta e reafirmou seu compromisso com os esforços de reconciliação e cooperação, apesar das declarações de Kim Yo Jong.