Na terça-feira, a Coreia do Norte declarou que os Estados Unidos precisam reconhecer que a dinâmica geopolítica mudou desde as cúpulas anteriores entre os dois países. A afirmação foi feita pela mídia estatal KCNA e reforçada por Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano, Kim Jong Un. Segundo Kim, qualquer diálogo futuro não resultará na descontinuação do programa nuclear norte-coreano.
Kim Yo Jong destacou que, embora o relacionamento pessoal entre seu irmão e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, seja considerado 'não ruim', isso não deve ser utilizado como uma estratégia para desmantelar o arsenal nuclear da Coreia do Norte. Ela enfatizou que a persistência dos EUA em abordagens do passado resultará em um impasse nas negociações.
A porta-voz do regime norte-coreano também afirmou que a posição da Coreia do Norte como um Estado nuclear é irrevogável, e qualquer tentativa de contestar essa realidade será rejeitada. Em resposta, uma autoridade da Casa Branca reiterou que Trump continua comprometido com a desnuclearização da península coreana e está aberto a novas conversas com Kim Jong Un.
As cúpulas entre Trump e Kim, realizadas em Cingapura em 2018 e em Hanói em 2019, visavam estabelecer um acordo para a desnuclearização, mas as negociações foram interrompidas devido a desacordos sobre sanções. A Casa Branca mantém a disposição para dialogar, apesar das recentes declarações de Pyongyang.