O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, em reunião realizada nesta quinta-feira, 31 de julho, manter a taxa Selic em 15,00%, em uma decisão unânime. O comunicado oficial do Copom reafirmou a expectativa de estabilidade nas taxas de juros por um período prolongado, embora não tenha descartado a possibilidade de um aumento caso o cenário inflacionário se deteriore.
O economista Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, destacou que o Banco Central adotou uma postura cautelosa, sinalizando que não hesitará em elevar os juros se necessário. Ele observa que a decisão busca afastar a ideia de cortes precoces na Selic, que poderiam prejudicar a política monetária restritiva desejada.
Marcos Vinícius Oliveira, da ZIIN Investimentos, apontou que o comunicado reflete uma piora nas condições internacionais, com uma crescente preocupação do Copom em relação ao ambiente externo, especialmente após o aumento das tarifas. Ele acredita que a Selic só deve ser reduzida em meados do próximo ano, dependendo da evolução da inflação.
Enquanto isso, o mercado mostra sinais de distensão, com setores importantes da economia sendo poupados pelas tarifas. Contudo, a necessidade de avaliar o impacto total dessas tarifas na economia brasileira se torna cada vez mais urgente.