O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou nesta quarta-feira (30) a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, uma decisão amplamente esperada pelo mercado financeiro. A pausa no aperto monetário indica que os investidores agora se concentram no início do ciclo de cortes de juros, o que pode abrir novas oportunidades em ativos mais arriscados.
Especialistas em investimentos, como Marcelo Mello, CEO da SulAmerica Investimentos, destacam que este é um momento propício para investidores dispostos a assumir riscos, especialmente em ativos prefixados e no IPCA. Raphael Figueredo, estrategista de ações da XP, reforça que a renda variável se torna uma opção inevitável com a expectativa de alívio nas pressões de juros.
Entre as recomendações, Fernando Gonçalves, da The Hill Capital, sugere títulos públicos prefixados com vencimento entre 2027 e 2031 como uma boa oportunidade para quem busca retornos no médio prazo. Já Nicolas Gass, da GT Capital, vê o Tesouro Selic como uma opção segura em tempos de incerteza, enquanto os ativos do Tesouro IPCA+ são indicados para investidores com foco no longo prazo.
No segmento de crédito privado, Marcelo Peixoto, da Trigono Capital, alerta para a necessidade de cautela em 2025, priorizando empresas com saúde financeira robusta. Artur Carneiro, da Éxes, sugere que, apesar dos spreads das debêntures estarem apertados, papéis estruturados e isentos podem oferecer boas oportunidades. O cenário atual, segundo os especialistas, exige uma reavaliação das estratégias de investimento, especialmente com a expectativa de cortes na Selic.