O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil deve manter a taxa Selic em 15% ao ano na próxima reunião, marcada para quarta-feira, 30 de julho de 2025. Essa taxa representa o maior nível desde julho de 2006, quando a Selic alcançou 15,25% ao ano. A expectativa foi confirmada por 11 instituições financeiras e consultorias que analisaram o cenário econômico atual.
O Banco Central indicou que a Selic permanecerá nesse patamar por um período prolongado, ressaltando que os efeitos da política monetária restritiva ainda estão por vir. A autoridade monetária projeta que a inflação deve se acomodar dentro da meta estabelecida para o primeiro trimestre de 2026, com um centro de 3% ao ano e uma tolerância de até 4,5%.
A nova metodologia de aferição da meta de inflação, que entrou em vigor em 2025, considera um descumprimento se a taxa anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar fora do intervalo permitido por seis meses consecutivos. Caso a inflação permaneça acima do limite no primeiro trimestre de 2026, o Banco Central será obrigado a emitir uma nova carta explicativa sobre o descumprimento.
O Copom, que se reúne a cada 45 dias, é composto por nove integrantes, incluindo o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. A atual composição do colegiado é majoritariamente indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com sete dos nove membros sendo nomeados por ele, o que elimina a possibilidade de empates nas votações.