A COP30, conferência climática da ONU marcada para 2025 em Belém (PA), já gera movimentação significativa entre empresas brasileiras. De acordo com a pesquisa "Panorama ESG 2024", realizada pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), 71% das 687 empresas consultadas estão implementando práticas de sustentabilidade, reconhecendo a importância da responsabilidade social em suas estratégias de negócios.
Com a proximidade do evento, líderes empresariais de diversos setores expressam suas expectativas sobre a COP30 e os temas prioritários para o debate global sobre clima e desenvolvimento sustentável. Entre os tópicos destacados estão a bioeconomia, a transição de modelos produtivos e a segurança alimentar, refletindo a urgência de soluções inovadoras para os desafios climáticos.
Paulo Ibri, CEO da Typcal, enfatiza a importância da bioeconomia circular como estratégia de mitigação da crise climática, enquanto Antonio Carlos de Francisco, da Muush, defende a revisão dos processos produtivos tradicionais. Priscila Socoloski, da Connecting Food, ressalta a necessidade de abordar o desperdício de alimentos, e Marcelo Freitas, da Prospera, vê a COP30 como uma oportunidade para promover a energia limpa como motor econômico.
Além disso, o papel das comunidades locais, especialmente na Amazônia, será central nas discussões, conforme aponta Daniel Poli, da Cielo. A conferência também é vista como um momento crucial para a consolidação de políticas públicas e investimentos em práticas ESG, segundo Lucas Infante, da Food To Save. Com isso, a COP30 se posiciona como um marco para a ação concreta em prol da sustentabilidade no Brasil e no mundo.