A diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, afirmou nesta quarta-feira (9) que a Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém, resultará em mudanças estruturais significativas na cidade, beneficiando 500 mil pessoas que atualmente vivem em áreas vulneráveis. Durante o seminário 'A Transição Energética e a Sustentabilidade do Futuro', Campello destacou que as intervenções do BNDES não são meramente estéticas, mas sim investimentos estratégicos para a melhoria das condições de vida na região.
Campello ressaltou que as obras em andamento não estão localizadas nas áreas que serão visitadas pelos turistas durante a COP30, o que significa que muitos visitantes não perceberão as melhorias. "Não estamos fazendo isso para maquiar Belém; são obras estruturais que visam resolver problemas históricos de vulnerabilidade", afirmou. A diretora também defendeu a escolha de Belém como sede do evento, argumentando que o presidente Lula buscou expor os desafios enfrentados pela região, incluindo questões de saneamento.
Além disso, a diretora mencionou que o modelo de investimento aplicado em Belém poderá ser replicado em outras cidades brasileiras, visando a adaptação a eventos climáticos extremos. No entanto, ela enfatizou a necessidade de mais recursos para viabilizar esses projetos, especialmente em países em desenvolvimento que enfrentam os maiores impactos das mudanças climáticas. A COP30 será um espaço crucial para discutir ações globais contra o aquecimento global, que afeta a segurança de populações em todo o mundo.