Em entrevista à Jovem Pan, André Correa do Lago, presidente da COP 30, revelou as expectativas e os preparativos para a conferência climática que ocorrerá em novembro em Belém. O evento é visto como uma oportunidade crucial para fortalecer o multilateralismo e promover ações conjuntas no combate às mudanças climáticas, especialmente no décimo aniversário do Acordo de Paris.
Belém, escolhida como sede, está passando por obras de infraestrutura significativas, que, segundo Correa do Lago, deixarão um legado positivo para a população local. No entanto, ele reconheceu preocupações sobre a disponibilidade e os preços de hospedagem, que têm gerado reações negativas internacionalmente. O presidente da COP 30 destacou a importância de garantir acomodações adequadas para todos os participantes, incluindo delegados e sociedade civil.
Correa do Lago também abordou a relação entre o agronegócio e as mudanças climáticas, ressaltando o potencial do setor agrícola brasileiro em capturar CO2 e contribuir para soluções climáticas. Ele afirmou que a COP 30 servirá como uma plataforma para demonstrar os avanços do agronegócio e da restauração florestal, além de enfatizar a necessidade de um diálogo que alinhe interesses econômicos e ambientais. A inclusão da sociedade civil, especialmente vozes da região amazônica, foi destacada como fundamental para o sucesso da conferência.