Roelof Botha, sócio-gerente da Sequoia Capital, participou da conferência anual da Allen & Co. em Sun Valley, Idaho, neste mês, onde enfrentou questionamentos sobre as polêmicas declarações de seu colega Shaun Maguire. Maguire, um dos sócios mais influentes da Sequoia, gerou controvérsia ao afirmar em uma postagem na plataforma X que o candidato à prefeitura de Nova York, Zohran Mamdani, vinha de uma "cultura que mente sobre tudo" e estava promovendo uma "agenda islamista". A declaração foi amplamente criticada como islamofóbica, resultando em uma carta aberta com mais de 1.000 assinaturas pedindo uma ação contra Maguire.
A Sequoia Capital, que tem um histórico de neutralidade política, se vê agora em uma situação delicada, pressionada por investidores e profissionais de tecnologia a tomar uma posição sobre os comentários de Maguire. Enquanto alguns defendem sua liberdade de expressão, outros exigem que a firma se distancie do que consideram discurso de ódio. A situação se agrava à medida que Maguire continua a fazer declarações polêmicas, incluindo críticas a iniciativas de diversidade e inclusão.
Historicamente, a Sequoia tem mantido seus sócios nos bastidores, focando em apoiar startups como Apple e Google. No entanto, a crescente polarização na indústria de venture capital, onde figuras como Marc Andreessen e Peter Thiel expressam abertamente suas opiniões políticas, coloca a Sequoia em uma posição desafiadora. Em resposta às críticas, Botha reiterou o compromisso da firma com a neutralidade institucional, permitindo que os indivíduos mantenham suas diferenças políticas. A Sequoia não se manifestou publicamente sobre a situação, enquanto a campanha de Mamdani não respondeu a pedidos de comentário.