Em maio de 2023, a construção civil brasileira alcançou a marca de 3,066 milhões de trabalhadores com carteira assinada, superando o patamar de 3 milhões pela primeira vez desde outubro de 2014. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 28, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Entre janeiro e maio deste ano, o setor criou 149,2 mil novas vagas, contribuindo com 14,2% do total de empregos gerados no país. A economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos, destacou a importância da construção civil na geração de empregos, que desde 2020 já totaliza 948 mil novas vagas. O presidente da CBIC, Renato Correia, atribuiu esse crescimento à expansão dos lançamentos e vendas de imóveis, além de investimentos em infraestrutura.
Apesar da expectativa de desaceleração econômica devido aos altos juros, Correia acredita que a demanda por mão de obra continuará em função dos projetos em andamento. No entanto, a falta de trabalhadores qualificados e o alto custo de contratação permanecem como desafios para o setor. Nos últimos 12 meses, o custo da mão de obra cresceu 9,98%, impactando a inflação na construção, que foi de 7,21% no mesmo período. O salário médio de admissão na área é de R$ 2.436,44, superior à média nacional de R$ 2.248,71, indicando a necessidade de atrair profissionais com melhores remunerações.