O consórcio, tradicionalmente visto como uma alternativa para quem não possui recursos suficientes, tem atraído um novo perfil de consumidor: aqueles com alta renda que buscam adquirir bens de luxo. Segundo Caio Souza, head de Consórcios da XP, esses investidores estão optando pelo consórcio não por falta de liquidez, mas sim para evitar o custo de oportunidade de resgatar aplicações rentáveis. Em 2024, a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC) registrou um recorde de 4,49 milhões de novos consorciados, um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior.
A alta da taxa Selic tem tornado o consórcio uma opção atrativa para diversos perfis de consumidores. Souza destaca que, com uma consultoria adequada, é possível desenvolver estratégias que tornam o consórcio mais vantajoso do que financiamentos tradicionais ou compras à vista. A flexibilidade da modalidade permite a aquisição de uma ampla gama de bens, incluindo imóveis, automóveis, aeronaves e até procedimentos médicos.
O mercado imobiliário de alto padrão, com preços médios do metro quadrado variando entre R$ 13 mil e R$ 28 mil nas principais capitais brasileiras, continua atraindo investidores. Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), afirma que o consórcio pode ser uma ferramenta eficaz para planejamento financeiro e diversificação patrimonial, permitindo ganhos significativos em comparação ao retorno de aluguéis e valorização dos imóveis.