O consórcio VMOS (Vaca Muerta Oleoduto Sul) anunciou nesta terça-feira (8 de julho de 2025) a captação de US$ 2 bilhões em financiamento internacional para a construção do oleoduto Vaca Muerta Sul, na Argentina. Com um custo total estimado em US$ 3 bilhões, o projeto visa aumentar a capacidade de exportação de petróleo a partir de 2027, com potencial de elevar a receita externa anual em até US$ 14 bilhões.
O financiamento, que cobre cerca de 70% do custo do projeto, foi liderado por cinco instituições financeiras: Citi, Deutsche Bank, Itaú, JP Morgan e Santander, além da participação de outras 14 instituições globais. A linha de crédito tem um prazo de cinco anos e juros de aproximadamente 9,8% ao ano. Os 30% restantes do investimento serão aportados pelo consórcio, que inclui empresas como YPF, Shell Argentina, Chevron e Pan American Energy.
O oleoduto, com 440 km de extensão, ligará a região de Vaca Muerta, em Neuquén, ao litoral da província de Río Negro, onde será construído um novo terminal portuário. Este terminal permitirá o embarque de grandes navios petroleiros, com capacidade para transportar até 2 milhões de barris por dia. A operação do oleoduto está prevista para o final de 2026, com uma capacidade inicial de 180.000 barris diários, podendo chegar a 550.000 barris por dia em 2027.
Além da construção do oleoduto, o projeto inclui estações de bombeamento e instalações de carregamento marítimo. O governo brasileiro acompanha o avanço da produção em Vaca Muerta e, em 2024, firmou um memorando com a Argentina para a compra de gás natural, com o objetivo de reduzir os custos de combustível no Brasil, que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, considera “absurdos”.