Em um cenário de juros elevados, o consórcio surge como uma opção viável para a aquisição de bens de maior valor, como imóveis e veículos, sem comprometer a liquidez financeira dos consumidores. De acordo com Caio Souza, head de Consórcios da XP, essa modalidade se tornou mais acessível e econômica em comparação ao financiamento bancário, além de funcionar como uma ferramenta de planejamento financeiro.
Souza alerta, no entanto, que muitos consumidores têm expectativas irreais ao entrar em consórcios, o que resultou em um aumento significativo de cancelamentos e insatisfações no passado. Para evitar problemas, ele recomenda que os interessados avaliem cuidadosamente cinco aspectos cruciais antes de escolher um consórcio: a reputação da administradora, o objetivo da operação, o custo ao longo do tempo, e o suporte pós-contemplação.
A reputação da administradora é fundamental, pois apenas empresas autorizadas pelo Banco Central podem operar no setor. Além disso, é essencial ter um objetivo claro e entender que a contemplação não é imediata, diferentemente do financiamento, onde o dinheiro é liberado de forma instantânea. Por fim, o suporte após a contemplação é um aspecto frequentemente negligenciado, mas crucial para garantir que o processo de liberação da carta de crédito ocorra sem contratempos.