O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou a proibição do uso de sedação, anestesia geral ou bloqueios anestésicos periféricos durante a realização de tatuagens. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (28) e abrange procedimentos de todos os tamanhos e locais do corpo, exceto em casos de tatuagens indicadas por médicos para fins de reconstrução.
A medida foi impulsionada pela morte do empresário e influenciador Ricardo Godoi, de 46 anos, que faleceu em um hospital particular em Itapema (SC) após supostamente receber anestesia geral para fazer uma tatuagem. O caso levantou preocupações sobre os riscos associados a esses procedimentos, que eram comuns entre celebridades.
Especialistas em anestesiologia alertam que a anestesia geral pode inibir a respiração espontânea do paciente, aumentando o risco de complicações como hipoxemia e broncoaspiração. A médica Esthael Cristina Querido Avelar enfatiza que a anestesia requer preparação adequada, incluindo jejum, e que os riscos variam conforme a duração e a complexidade do procedimento.
A distinção entre sedação e anestesia geral também foi abordada, com especialistas esclarecendo que a sedação pode permitir que o paciente mantenha alguma consciência, enquanto a anestesia geral exige monitoramento rigoroso em ambiente hospitalar. A nova resolução do CFM visa garantir a segurança dos pacientes durante procedimentos estéticos.