O 10º Congresso Brasileiro de Soja, realizado pela Embrapa Soja em Londrina (PR) e encerrado nesta quinta-feira (24) em Campinas (SP), reuniu cerca de 2 mil participantes para discutir o futuro da soja no Brasil. O evento, que celebrou os 100 anos da chegada da oleaginosa ao país, destacou a importância da biotecnologia para manter o Brasil como o maior produtor e exportador de soja do mundo. Segundo Geraldo Berger, vice-presidente de assuntos regulatórios da Bayer para a América Latina, o investimento em biotecnologia é crucial para a continuidade desse status.
O Brasil conquistou a liderança global na produção de soja em 2020 e na exportação em 2013, superando os Estados Unidos. Em 2022, o país exportou 98,8 milhões de toneladas de soja, gerando US$ 43,1 bilhões em receitas. A soja é um insumo essencial na alimentação de rebanhos e é utilizada em mais de mil produtos industriais e alimentícios, incluindo óleos, farinhas, biodiesel e cosméticos.
Durante o congresso, Mariangela Hungria, cientista responsável por inovações no cultivo de soja, ressaltou que a biotecnologia e as técnicas de Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) foram fundamentais para a economia de US$ 40 bilhões anuais em fertilizantes, além de aumentar a produtividade das lavouras. Com 70 anos de pesquisa, o Brasil se destaca na produção sustentável de soja, um desafio que continua a ser uma prioridade para o setor agrícola.