A recente escalada de tensões entre Irã e Israel tem gerado desafios significativos para as companhias aéreas, que buscam evitar o espaço aéreo regional enquanto ainda enfrentam restrições sobre o espaço aéreo russo. Apesar de um cessar-fogo que permitiu a reabertura parcial do espaço aéreo iraniano, dados do Flightradar24 indicam que as companhias aéreas ocidentais continuam a contornar o Irã, optando por rotas que passam pelo Iraque ou pela Península Arábica.
A situação é ainda mais complexa devido ao fechamento do espaço aéreo entre Paquistão e Índia, que impacta diretamente a Air India, obrigando-a a realizar paradas adicionais em voos para os Estados Unidos. Especialistas em aviação, como Brendan Sobie e John Grant, destacam que, embora a adaptação das companhias aéreas a essas mudanças seja comum, o cenário atual é particularmente desafiador, com múltiplos espaços aéreos fechados simultaneamente.
Grant observa que, apesar das complicações, as companhias aéreas têm conseguido manter a pontualidade dos voos, especialmente sobre a Península Arábica. No entanto, ele alerta que os fechamentos frequentes do espaço aéreo podem resultar em custos elevados devido ao aumento da duração dos voos e ao risco de cancelamentos. A imprevisibilidade causada por conflitos armados continua a ser uma preocupação constante para os gestores do setor, que lidam com desafios operacionais semelhantes aos enfrentados durante a pandemia.