O primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, alertou que os recentes conflitos na fronteira com o Camboja podem evoluir para uma guerra, após intensos combates que resultaram em pelo menos 33 mortes e a evacuação de mais de 160 mil civis. Em resposta à escalada da violência, Tailândia e Camboja anunciaram uma reunião para discutir um acordo de paz, marcada para esta segunda-feira (28) na Malásia.
Os líderes dos dois países, Phumtham Wechayachai e Hun Manet, se encontrarão em Kuala Lumpur, com mediação do primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, que preside temporariamente a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). O gabinete do premiê tailandês informou que o objetivo dos diálogos é restabelecer a paz na região.
Além disso, o Departamento de Estado dos EUA, através do secretário Marco Rubio, expressou preocupação com a situação e ofereceu ajuda nas negociações. Rubio enfatizou a necessidade de reduzir imediatamente as tensões entre os países, destacando que os Estados Unidos estão prontos para facilitar futuras discussões para garantir a estabilidade na região.
As tensões entre Tailândia e Camboja têm raízes em disputas territoriais antigas, especialmente relacionadas a templos históricos. O conflito se intensificou após a morte de um soldado cambojano em maio, desencadeando uma crise diplomática e levando a um aumento significativo na militarização da fronteira, com ambos os lados realizando bombardeios e denunciando ataques a civis.